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15 de Setembro - 48 anos do Santuário de Lisboa - Cenáculo da Família do Pai

Regressados de férias, cheios de espírito aliado, celebramos neste dia 15 de Setembro os 48 anos do Santuário de Lisboa.

Porquê Família, porquê do Pai, porquê Cenáculo?
Esta história é muito linda e muito longa... na necessidade de ser breve e concisos, socorramo-nos do que há 15 anos foi editado em livro, por altura das Bodas de Prata do Santuário de Lisboa:

Ser 'Família do Pai' implica ser um caso pré-claro do pensar, viver e amar orgânicos e anunciar a Paternidade de Deus.

Família –
"Ser Família foi algo que marcou a nossa existência. Envolvidos que fomos, à partida, numa atmosfera tão acolhedora e familiar, foi fácil sentirmo-nos em casa (o facto de termos tido uma forte experiência de Pai, de Mãe, de Lar e de irmãos foi decisiva nas nossas vidas).
No contacto com os nossos Assessores, "sentíamo-nos acolhidos, aceites e amados, antes mesmo de sermos exigidos' (palavras do António Ruivo). No ambiente respirava-se uma alegria, um entusiasmo para com as coisas de Deus, que não era normal.
Tudo isto foi despertando em nós um profundo sentimento filial, através da relação que cada um foi experimentando com os sacerdotes que nos acompanhavam ...
A intensidade com que vivemos esta relação paterno-filial, abriu-nos para a capacidade de nos sentirmos irmãos, mesmo sem nos conhecermos ainda bem. E a partir desta forte experiência humana, Maria foi-nos unindo, e foi-nos ensinando a construir Família. Conscientes do dom que Deus nos oferecia através desta vivência privilegiada, ser Família foi sendo também para nós uma meta a atingir (Deus escolheu-nos 'à linha', cada um chamado pelo seu nome, éramos poucos, todos jovens, entre os 14 e os 20 anos. Fiel a esse chamamento, Deus quis connosco formar uma comunidade de pessoas unidas por vínculos de amor e vida, em torno a um Pai e a uma Mãe... (excerto do livro "O Santuário 25 anos de História", 1974-1999, Paula Roncon)

Do Pai
A partir de 1965, seguiu-se um tempo de prova, em que vivemos sustentados pelas reservas que tínhamos desta experiência de eleição. O Instituto Nossa Senhora de Schoenstatt foi o nosso 'suporte', acolhendo-nos desde a 1ª hora e garantindo a unidade a todos os que chegavam. Mas foi um tempo demasiado prolongado (até 1973), que pôs muitas vezes em risco a nossa própria existência como Família ... De repente tudo parecia ruir. Tínhamos todos que fazer um esforço tremendo para nos aguentarmos como Família, no meio de tantas tensões...
Foi aí que o Pai Fundador surgiu como a nossa âncora, foi ele que nos 'agarrou' no momento de uma eventual ruptura, foi ele a nossa Fonte de Unidade. A morte do Pai Fundador em 1968, consciencializou-nos da sua presença real na Família, como seguro da nossa Unidade e da nossa subsistência. (Cada um de nós ia assumindo tarefas de acordo com as suas capacidades e de acordo com as necessidades.)
Daí a decisão de nos entregarmos de forma comprometida pela Família de Schoenstatt em Portugal... (excerto do livro "O Santuário 25 anos de História", 1974-1999, Paula Roncon)

Cenáculo
O Pai Fundador conduziu a Família para uma Aliança de Amor da Família com Nossa Senhora (1969). Foi verdadeiramente uma experiência de Cenáculo, em que, na nossa pequenez, lhe fizemos 3 pedidos concretos: licença para trabalhar, um Padre que nos assistisse e o Santuário.

Maria tomou a sério a Aliança e os pedidos foram-se concretizando.

O nosso Santuário é Cenáculo na linha do 31 de Maio. Tem vocação para criar uma Nova Ordem Social. Por isso, tem que haver uma projecção séria no campo temporal. Schoenstatt tem que ter posição frente aos problemas sociais actuais e oferecer a sua espiritualidade aos construtores da sociedade de amanhã. Há que estar atento às oportunidades... (excerto do livro "O Santuário 25 anos de História", 1974-1999, Paula Roncon)

Deus quer, o Homem sonha , a Obra nasce (Fernando Pessoa)
Temos consciência de que o principal impulso que levou à construção do Santuário se deve às palavras do P.Alberto Eronti, em Setembro de 1972, quando depois de tantos anos de luta e de fidelidade, ao sentir o nosso cansaço, nos dizia, entre outras coisas:

"Construamos o Santuário! Esta é a nossa meta!(...) Sempre me impressionou a vossa fé, fé em Schoenstatt, fé na missã... E uma fé que vence o tempo é um amor fiel. (...) Vocês são uma Família que possui profundamente o carisma da fidelidade... E todo aquele que chegou algum dia aqui, encontrou-se com uma Família... E por isso, penso que não têm o direito de perder este carisma que vos é próprio. À luz da vossa história, a construção do Santuário é uma exigência, é um último pedido de amor que brota da vossa própria fidelidade, da vossa própria fé, do vosso próprio carisma de família..."

É também importante termos presente que, em Dezembro de 1966, o P.Kentenich dirigiu à Família de Portugal, as seguintes palavras, que são para nós uma referência:

"Vivam da vossa História! É uma História breve mas é uma História rica porque o Amor de Deus e o Amor de Nossa Senhora aí irrompeu com força."

Em 15 de Setembro de 1974 foi inaugurado o nosso Santuário. (excerto do livro "O Santuário 25 anos de História", 1974-1999, Paula Roncon)

Nunca será demais reconhecer, rezando em uníssono:

"Senhora do Magnificat, nós Te louvamos,
porque o Senhor manifestou o poder do Seu braço e dispersou os soberbos de coração...
manifestando em nós a Sua Força, quando já cansados ameaçávamos dispersar
e errantes, caminhávamos à procura de um porto seguro.
Agradecemos-Te, Mãe, (...) pelo nosso Fundador, a quem nos vinculámos tão profundamente que se veio a tornar causa e subsistência desta Família, para que reunidos em seu coração paternal, encontrássemos sempre de novo repouso e segurança no coração do Pai."
(excerto do livro "O Santuário 25 anos de História", 1974-1999, Paula Roncon)

A especial união ao Fundador
Esta união que é a "fonte e subsistência" da existência da Família de Lisboa revela-se também na escolha da data para a Consagração do Santuário – 15 de Setembro – Festa das Dores de Nossa Senhora, data da morte do nosso Pai – esperança da eternidade da vida e da missão que o Pe. Kentenich, em união com a vontade do Céu, entregou a esta Família sediada em Lisboa, donde outrora partiram as Caravelas que descobriram Novos Mundos para o Mundo, dilatando a Fé e o Império e, donde, hoje e sempre, a Igreja – que é barco, em alto mar – se quer fazer ao largo –Duc in Altum – rumo às Novas Praias da História , robustecida pela Contribuição ao Capital de Graças dos seus filhos de Schoenstatt e auxiliada pela visão profética do Fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt , ele também desbravador de mundos novos...

 

(por, Lena Castro Valente. Neste 15 de Setembro do Ano Jubilar de Schoenstatt, o Santuário de Lisboa-Portugal comemora os 40 anos da sua existência. A cerimónia será presidida pelo Arcebispo Emérito de Évora, Sr. D. Maurílio, que há 40 anos também procedeu à Consagração.)

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